Sete de Janeiro. Manhã de segunda feira fria, céu sem nuvens. A nossa intrépida interna sai do autocarro e avança em direcção ao covil burocrático de Miss OvoMolePodre. Três dias antes, um email do chefe-to-be agendava o encontro em campo adversário. Imagens violentas, envolvendo ovos moles esquecidos 3 semanas junto a um aquecedor e depois oferecidos à dita Miss, projectam-se no seu olhar. Injúrias em inglês são reunidas, formando frases viperinas. A Miss já tem cornos, cabelo de Medusa, verrugas de bruxa. A nossa heroína enche o peito de coragem e prepara-se para o embate... Mas ela não está no gabinete. E não vai chegar tão cedo. E ao que parece não tem nenhuma reunião agendada para esta manhã. E se a sra dra fosse tomar um cafézinho? Mais 45 minutos de violência mental. Natural born killers parece um filme da Disney. Nova tentativa. E finalmente ela aparece: uma inglesinha minúscula, tão simpática, fofinha e welcoming que por momentos todas as ofensas são esquecidas. O lugar na residência está quase tratado. O processo para a Saúde Ocupacional está quase tratado. O cartão de identificação está quase tratado. Tanta quase proficiência faz com que a nossa intrépida interna comece a repensar os seus planos de tornar Miss OvoMolePodre na heroína de um snuff film. Até ao momento da pergunta fatídica: "Is it possible for you to request a copy of your criminal record?" WTF? A fúria assassina voltou. Happy places foram visitados de modo a impedir violência física que, dado o tamanho diminuto da adversária e a ira da intrépida interna, seguramente teriam acabado em murder charges. Seis meses. Seis meses. Seis meses. E em nenhum momento a $%#& teve oportunidade de enviar esse tidibit of information... Inhale, exhale, inhale, exhale...
E to add insult to injury, este é o meu cartão de identificação...
PS: VPV, em tua honra...
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