Ontem combinação mortífera: sala cheia de sevofluorano + noite de insónia + jantar pantagruélico no buffet chinês às 19h = na caminha a fazer óó às 20h30. Dormi 10 horas como um anjinho. Nem me lembrava do que era dormir tanto...
Os umbigos estão na moda. Ontem uma persistência do úraco, hoje uma persistência do canal onfalo-mesentérico com direito a divertículo de Meckel. Nunca tinha visto nenhum dos dois. Educativo.
Na enfermaria, mais uma reprimenda de uma das matrons. Estava à procura de um processo ao pé da nurses' station (cantinho das enfermeiras), e pousei o café na bancada, ao lado dos computadores, para ter as duas mãos livres. Qualquer coisa como 1 minuto. Já estava com café e processo na mão, a caminho da sala dos médicos, quando a matron veio a correr atrás de mim, a dizer que tinham feito queixa de mim, e que deixar o café na mesa das enfermeiras era "totally unaceptable". Isto dito com um ar de quem me queria bater. Totalmente desnecessário. Um aviso educado teria sido suficiente. E evitável se as totós da enfermaria não andassem a roubar os processo da sala dos médicos... Não gosto das matrons e sisters. Prefiro as nossas enfermeiras. Mais simpáticas e honestamente mais competentes.


Ordem de soltura às 15h. Yupi! Tarde de sol, ao ponto de precisar dos óculos escuros. Duplo yupi! Aproveite para passear pelo campus da Universidade, que na realidade atravesso todos os dias a caminho do hospital, mas que nunca tive tempo para explorar. Como o resto da cidade, mistura de edifícios vitorianos com outros mais recentes. Com uns quantos relvados e jardins à mistura. Estudantes em todo o lado. Muitos espalhados nas escadas e relva, a aproveitar o solzinho. Um grupinho a treinar malabarismos. Se economia e engenharia não providenciarem um bom futuro podem sempre aproveitar o exemplo lisboeta e perform nos semáforos de MCR. Passeio a terminar no Manchester Museum. Bela surpresa. Museu eclético, com direito a moedas, artesanato africano, múmias, e uma secção espectacular de história natural. Com direito a expositores vitorianos de madeira e animais empalhados, e modelos monstruosos e esqueletos de dinossauros. Old school mas com um toque moderno. A programar regresso com mais tempo. No caminho para casa, momento deveras Fame. Todos os dias passo pelo Royal Northern Music College, mas do lado oposto da rua. Hoje passei mesmo em frente, e reparei que há janelas para as salas de ensaio. Um trio de violinos, um piano e um violoncelo, uma jovem a tocar oboé. Só faltou alguém a dançar em cima das mesas....
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