Sábado de manhã preguiçoso, mas motivada pelo dia glorioso lá consegui arrastar-me da cama. Convite para café com amiga do hospital e passeio pela cidade. Centro florescente de tantos policias. Ontem havia uma expectativa de confusão por causa de duas marchas opostas pela cidade, uma da EDL (English Defence League, um grupo assim a dar para o neonazi) e outra da UAF (Unite Against Fascism, nome very self explanatory). Não houve confusões, mas fomos delicadamente avisadas que seria melhor evitarmos o centro da cidade. Como boas meninas, fomos para o outro lado dos canais, passear por Salford. Terminamos o passeio na Patisserie Valerie, para repor calorias. Take away, para aproveitar o sol na varanda dela. Fabulous Black Forest Cake. Para gastar o resto das calorias, lonely walk pelo Northern Quarter. É impressionante o que um bocadinho de sol faz a esta cidade. De repente, todos os pubs e restaurantes têm mesas na rua, e por todo o lado há gente. Apesar de ser um bocadinho too hipster, continua a ser a minha parte favorita de MCR. Jantar gourmet em casa. Chefmate resolveu fazer boef bourguignon para o jantar. Delicioso. Para fazer a digestão, passeio até ao bar do restaurante do Jamie Oliver, beber uma cerveja artesanal. So-so...


Hoje, finalmente coragem para ir a Liverpool. Comboio rápido e agrádavel. In flight entertainment providenciado por uma turista chinesa a dormir no lugar à frente do meu e a dar gritinhos excitados durante o sono. Não quero saber o tema onírico... Recebida na estação por um céu cinzento e um bocadinho ameaçador. Munida de café pretensioso para aquecer as mãos, lá fui à descoberta. E tive direito a um fabuloso momento damsel in distress. A 3 passos da estação fui abalroada por uma criancinha mal educada, entornando o café na minha mão. E depois acusam-me se não gostar muito de criancinhas. I wonder why. Criancinha e mãe igualmente mal educada foram embora sem dizer nada. Mas tive direito a salvamento por 2 hunky chunky firefighters que estavam estacionados na praça à frente da estação. Aliás, estavam 4 ou 5 carros de bombeiros aí estacionados. Pelo calibre dos que eu vi, bem podiam estar a preparar o calendário Hot Firefighters 2014. Se os Bombeiros Voluntários fossem deste calibre provavelmente teriam mais sorte nas recolhas de fundos... But I digress... Apesar da pronta ajuda, não foi necessária transferência urgente para a Unidade de Queimados mais próxima. Nem sequer chegou a queimadura de 1º grau. Portanto, sem mais desculpas, abandonei os meus salvadores e segui o tour turistíco. Primeira paragem, World Museum. Um museu generalista, com direito a aquário, insectário, dinossauros, e human history (que é como quem diz antropologices). Adorei. O museu é superintereactivo, com áreas semelhantes a uma sala de aula onde se pode mexer em tudo. A sala de história natural é o meu sonhos de infância: esqueletos, animais em frascos, borboletas em quadros, um microscópio... Acabei por me distrair e passar lá 2 horas... Descida calma em direcção ao rio, passando pelo Commercial Quarter. Edifícios enormes, linhas rectas, poucas janelas, estátuas. Parece o set de um misto de Metropolis, Dark City e Gotham. Beira rio parece um parque de diversões, com museus, monumentos e edifícios históricos. Voltei a perder-me no Liverpool Museum e depois no Tate. Ainda pensei ir ao Beatles Story, mas o facto de já ser tarde e as 15£ fizeram-me repensar a opção. Acabei por dar mais uma volta a pé até à catedral anglicana. Deveras imponente, com um ar muito clássico, apesar de só ter sido terminada em 1970. Ao lado, cemitério vitoriano, com direito a musgo e jovens góticos. Muito bom. Dali, peregrinação até à outra catedral (a católica), passando por Chinatown. Cheguei tarde, já estava fechada. Anoitecer = frio =hora de apanhar o comboio de volta. Consegui a proeza de passar um dia em Liverpool e picar o ponto em nenhuma das paragens obrigatórias da Beatlemania...
E agora, decisões difíceis: Metropolis ou Dark City?
Your moment of Zen, versão Liverpool:
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